Francisco d’Oliveira Raposo
Procura feitas de palavras à solta,
tantas vezes brotando como lava do fundo de cada um,
outras dolorosamente peneiradas,
num processo de criação.
Aqui estão os poemas que vou escrevendo.
E também de outros, mais provavelmente, mas não necessariamente, de amigos.
Desfrutem. Critiquem. Digam coisas.
(quase) auto-retrato
retrato desenhado pela minha filha, Clara
Sou baixo,
peso demais,
não muito,
mas com uma barriguinha visível.
Gosto de cantar,
no chuveiro e fora dele.
Sou amigo dos amigos
e de muito que não sabe que sou amigo
Faltam-me dentes
(imensos).
Gosto de rir.
Vejo mal ou menos bem.
Mas vejo coisas que nem todos vêem…
porque não querem,
ou não sabem,
olhar a injustiça
e a obscena pobreza
que grassa num mundo
tão rico.
Vivi muito.
Passei mal.
Cai!
Levantei-me
– com a ajuda de amigos!!
Cá vou andando,
com a cabeça entre as orelhas,
remando contra a maré,
navegando à bolina
em busca do porto de abrigo
de onde possa recomeçar
Não desisto de ser livre
na extensão da liberdade
de todos os que não sabem que o não são.
Sou assim…
Complicado e simples
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