Vozes
Rios de sons
Chuvadas de frases
Borbulhar de ideias
Cacofonia
Caos
fiapos desavindos
rasgões de silêncio
mas lá á no âmago
linhas de coser
por coser
Dos lados escuros da cidade,
dos jardins povoados
por deserdados,
das casas sem sol,
das esquinas
da vida árdua,
das docas molhadas de sol,
das tertúlias da solidão,
vozes
que calavam
gritam,
sussurram,
cantam,
perguntam-se
gritam
Até quando? Até quando?