“Está a fazer-me muita confusão ver neste anúncio das medidas difíceis que até nos foram impostas por quem nos emprestou dinheiro que os grupos estejam a fazer reivindicações grupais, de classe. Não gosto” , desabafou o prelado, perante 800 pessoas. O Cardeal–patriarca não concretizou as críticas, mas ter-se-á referido a sindicatos e outras organizações que respondem com ameaças de greve contra as medidas de austeridade impostas pela troika e concretizadas pelo Governo. Para D. José Policarpo, Portugal tem de ultrapassar este momento “em diálogo com os outros países, mas, sobretudo, dando as mãos procurando o bem de Portugal e não o bem de cada grupo, de cada pessoa”. “Todos somos chamados a vencer o egoísmo, a pensar no nós e não no eu”, reforçou o prelado.
Tenho realmente pena, Policarpo, que tenhas elevado a voz contra os fracos e oprimidos, que continues silencioso face aos poderosos e opressores.
A tua responsabilidade e poder na nossa sociedade, esperava eu, seria forma, teria forma de denúncia dos mecanismos de opressão por detrás dos “empréstimos de dinheiro”, dos grupos que enriquecem com a miséria alheia, das medidas que descarregam nos trabalhadores, nos jovens nos idosos a raiva incontida do lucro cego e opressor.
Falas do “bem de Portugal” preparando as tuas hostes para a “guerra santa” contra a inevitável revolta social, – e aqui acertas, Policarpo – e de classe.
E como desde Constantino a tua organização age, optas por estar do lado errado da vida.
Será que iremos assistir ao ressurgimento da “acção católica” dos anos 30?
Parece que o “puxão de orelhas” que te deram no Vaticano por defenderes o sacerdócio de mulheres já está a surtir efeito.
Não gostas das reivindicações dos trabalhadores? Temos pena…