o turbilhão das coisas é nossa volta
faz esquecer as montanhas altas
que sempre quisemos escalar
que sempre quisemos escalar
Às vezes
a crueldade dos tempos
que fazer parecer pequeno
o dente-de-leão
e os deslumbrados olhos das crianças
quando o vêm fazer-se em poalha ao ventoÀs vezes
o agitar do mundo
faz-nos construir carapaças
endurecer os olhos
silenciar a voz
que no peito desaprende a falar
a crueldade dos tempos
que fazer parecer pequeno
o dente-de-leão
e os deslumbrados olhos das crianças
quando o vêm fazer-se em poalha ao ventoÀs vezes
o agitar do mundo
faz-nos construir carapaças
endurecer os olhos
silenciar a voz
que no peito desaprende a falar
Às vezes
um gesto,
uma partilha
um riscar nos ares
das aves que regressam
recentram-nos no que somos
nos trilhos as montanhas
nas coisas simples que gostamos
Às vezes
reaprendo
que vale a pena
amar