Às vezes apetece deixar tudo, completamente tudo, definitivamente tudo.
Às vezes o cansaço parece mais velho que o tempo, fluindo do momento primordial de onde vimos.
Às vezes uma aflitiva tristeza corrói-nos as cordas da vida e um incomensurável desespero dedilha músicas mórbidas de um silêncio infinito.
E quando estamos prestes a partir, quando estamos à beira de cair, quando uma linha nos separa do estilhaçar definitivo uma voz, um sorriso, uma memória, uma aragem, um odor, uma gota ou uma flor volta a tecer vontades, força e alegria.